


Um dia desses, zapeando nos canais da Sky, deparei-me com um excelente programa da
Fashion TV:
Iconoclasts. Trata-se de uma espécie de documentário seriado. Teve início em 2005 e desde então, todo o ano, com exceção de 2009 (não sei o porquê), são gravados seis episódios. Um dos produtores é
Robert Redford. São escolhidas duas pessoas que por algum motivo tenham alguma ligação. Seja por pensamentos ou projetos de vida. Em geral, essas pessoas não se conhecem. Ou se conhecem muito pouco. Os dois escolhidos, então, passam um ou alguns dias juntos, nos quais fazem relatos sobre coisas da própria vida, batem um papo, passam a se conhecer. Há sempre um tema que direciona o encontro, para haver uma coesão e sentido no documentário. As escolhas sempre recaem sobre algum artista bem famoso e uma outra pessoa não tão famosa, mas que tem o que dizer. E qual é o ganho do espectador? Bem, além de conhecer um lado diferente do tal artista famoso - o que eu acho muito interessante, porque desmistifica um pouco aquela imagem sensacional muitas vezes existente e mostra como no fim todos somos iguais - como também é possível aprender muitas coisas novas, interessantes, que, ao meu ver, contribuem com o crescimento individual.
Apesar de já ter me tornado fã do documentário seriado, não posso dizer que já vi muitos episódios, mas com certeza investirei nisso.
Já vi três episódios:
Isabella Rossellini e
Dean Kamen,
Ashley Judd e
Madeleine Albright,
Sean Penn e
Jon Krakauer. Todos fantásticos a seu modo.
No de Isabella e Dean, o foco era formas de ajudar o mundo. Dean Kamen é um gênio, inventor de várias coisas. Um cara que tem uma empresa focada em solucionar problemas do mundo, como a falta de água pura, a dificuldade dos deficientes. É muito interessante saber que existe esse tipo de pessoa no mundo. Conhecer um pouco a vida de Isabella Rossellini não é menos interessante, principalmente o passado de seus pais e a forma como foram encarados, na época, nos Estados Unidos.

No episódio com Ashley Judd e Madeleine Albright, para mim, a grande estrela foi a ex-Secretária de Estado dos Estados Unidos. Uma senhora com muita história, inteligentíssima, sensível, educada. O máximo! O foco das conversas eram trabalhos sociais pelo mundo afora.
Já o episódio de Sean Penn e Jon Krakauer teve como norte o livro escrito pelo último que originou o filme, dirigido pelo primeiro:
Into the Wild (Na Natureza Selvagem), que, diga-se de passagem, é um filme muito bom. Recomendo. Também o diferencial foi Jon Krakauer e suas mil aventuras escalando diversas montanhas pelo mundo. Sean Penn pouco falou de sua vida particular, concentrando mais na experiência de direção do filme.
Bem, acho que já dá para ter uma noção do que se trata o tal documentário seriado. E vale muito a pena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário